Para quem nunca ouviu falar, ESG é uma sigla em inglês que significa Environmental, Social and Governance, que traduzida para o português quer dizer Ambiental, Social e Governança (ASG). Nos últimos 12 meses, o interesse de busca pelo termo ESG no Brasil praticamente triplicou.
Mas afinal de contas, o que é o conceito ESG? Refere-se a boas práticas empresariais que se preocupam com critérios ambientais. Mas isso não tem a ver com uma evolução da sustentabilidade empresarial, mas sim da própria sustentabilidade empresarial.
Se ainda não ficou claro, aplicar o conceito ESG em uma empresa significa que ela entendeu quais são seus impactos negativos e positivos na sociedade e que consegue agir sobre eles.
Por que as práticas do ESG estão cada vez mais presentes em empresas brasileiras? A resposta é tão simples quanto implementar os padrões ESG dentro de uma empresa. Pois o setor empresarial tanto no mercado interno como externo está cada vez mais competitivo.
Além disso, empresas que já aderiram ao ESG estão correndo menos riscos de enfrentarem problemas jurídicos, trabalhistas, fraudes e até mesmo sofrerem ações por impactos ao meio ambiente.
Qual é a origem do ESG?
Você deve ter ficado curioso para saber onde esse conceito surgiu. O termo foi usado pela primeira vez em 2004 em um relatório feito pelo Pacto Global, da ONU (Organização das Nações Unidas), em parceria com o Banco Mundial.
Esse relatório foi intitulado de Who Cares Wins (Ganha quem se importa, em tradução livre). Na época, instituições financeiras de 9 países diferentes – incluindo do Brasil – se reuniram para desenvolver diretrizes nas áreas de Direitos Humanos, Trabalho, Meio Ambiente e Anticorrupção.
No que resultou esse levantamento de informações? Que empresas que passassem a aplicar essas diretrizes iriam gerar mercados mais sustentáveis e melhores resultados para a sociedade.
Quais são os pilares do ESG?
Executivos de empresas de diferentes setores no Brasil discutiram os pilares estratégicos do ESG e deram origem a um documento publicado pela KPMG e Amcham.
Os 6 pilares estão no e-book “Pilares Estratégicos de ESG: o que todo gestor precisa saber”. São eles:
- Business transformation – precisam se adequar com velocidade às novas tendências;
- Monetização – saber mensurar perdas e os ganhos monetários;
- Asseguração – divulgação da performance de dados robustos de fácil acesso;
- Rastreabilidade – transparência e qualidade dos produtos;
- Economia circular – produtos e serviços que resultem em resíduos zero;
- Governança – lideranças comprometidas e com propósito legítimo.
A sócia-líder de ESG Advisory da KPMG no Brasil e líder do KPMG IMPACT, Nelmara Arbex, afirma que: “Os executivos que souberem liderar essa transformação conseguirão aumentar o impacto das suas organizações, melhorar a competitividade, atrair mais investimentos e expandir as oportunidades de negócios”.
Vantagens ao aplicar o ESG
O que pode ser percebido é que o mundo vive o início de uma nova forma de fazer negócios e, por conta disso, os grandes investidores têm olhado com mais cuidado para as práticas sociais, ambientais e de governança das empresas.
Sob esse ponto de vista, veja quais são as vantagens para uma empresa ao aplicar o ESG:
- Reduzir custos e desperdícios;
- Garantir a fidelidade do consumidor;
- Mitigar riscos;
- Melhorar a imagem e reputação;
- Acesso às linhas de crédito verde;
- Ampliar retenção e satisfação de talentos;
- Assegurar transparência;
- Mais segurança para o investidor.
As empresas que já entenderam o conceito de ESG buscam cada vez mais minimizar impactos no meio ambiente, construir um mundo mais justo e responsável para as pessoas envolvidas, além de manter os melhores processos burocráticos.
Qual é o legado que você, empresário, deixará para seus sucessores, familiares ou até mesmo para a própria sociedade? Pode-se esperar das futuras gerações um respeito maior ao meio ambiente, diversidade e inclusão social.
Isso é tão positivo para que as futuras gerações possam colher as boas ações que estão sendo colocadas em prática nos dias de hoje. É um caminho sem volta e uma necessidade das empresas mostrarem sua responsabilidade e comprometimento com o mercado que atuam. O que tem a ganhar? Tudo!
O futuro para novos investidores
O motivo que tem levado muitos investidores a olharem para as empresas sob uma nova percepção é justamente essa preocupação que elas têm com a sustentabilidade corporativa e de mercado. Ou seja, investidores estão buscando alocar seu capital em empresas mais conscientes.
